- O trabalho de Cifuentes (2010)
demonstrou que o treinamento com exercício físico na esteira (com impacto sobre
a articulação com osteoartrite de joelho induzida por iodoacetato monosódico em
modelo animal) contribui com a preservação da cartilagem articular (conteúdo de
proteoglicanas via análise histológica) e aumenta o mecanismo de defesa contra
o estresse oxidativo (parâmetros avaliados – SOD, MPO, conteúdo total de tiol).
- Além disso, estudos prévios
realizados pelo nosso grupo de pesquisa com modelo humano evidenciaram que:
1). As
concentrações plasmáticas de BDNF estão associadas com dor em joelho com
osteoartrite na fase aguda do processo inflamatório.
2). Treinamento
com exercício físico (caminhada) aumenta as concentrações plasmáticas de BDNF e
melhora parâmetros clínicos (funcionalidade e auto-percepção de dor).
- Neste contexto, ficaram algumas lacunas a serem respondidas:
- Qual o efeito de treino constituído por exercício físico
aeróbio de intensidade moderada na esteira (impacto controlado sobre a
articulação – ativação direta de beta integrinas na articulação) em modelo
animal:
1). Variáveis
desfechos: Desempenho funcional, edema e dor.
2). Variáveis
secundárias: Estresse oxidativo (SOD, catalase, TBARS, FRAP), citocinas
inflamatórias (IL-1B, TNF-alfa, IL6 e IL10) e BDNF.
Comentários gerais sobre os
métodos:
1). Definiu-se que o treino será similar
ao proposto por Cifuentes (2010). A progressão do treino dar-se-á somente pelo
aumento no volume do treino para evitarmos diferentes magnitudes (intensidades)
de impacto articular.
2). Tendo em vista que o grupo
controle (sham) e o grupo sem treino poderão ter peso corporal diferente do
grupo treinado, Jeanne conversará com Profa. Bethe forma de fazermos balanço
energético para garantirmos peso similar entre os grupos ao final das 8
semanas.
3). Jeanne procurará Prof. Ronaldo
para perguntar sobre maceração de tecido (cápsula articular) e forma de
armazenamento para posterior análise de parâmetros no tecido (PCR).
4). Apesar do artigo de Cifuentes
comentar que a intensidade do treino proposto representa 60-70% do consumo
máximo de oxigênio, os autores não comentaram sobre progressão do treino.
Assim, para demonstrar que o treino causou adaptações (parâmetro de eficácia de
treino) sugeriu-se:
a). Dosar
concentração de glicogênio hepático e muscular.
b). Paralelo
ao experimento propriamente dito, inserir grupo com ratos saudáveis e
submetidos ao protocolo de treino proposto. Aplicar teste de esforço
progressivo antes e após o período de intervenção para avaliar o trabalho
total.
5). Induziremos a osteoartrite em
apenas 1 pata para não impactar tanto na funcionalidade dos animais.
6). Uma vez que a funcionalidade é
variável desfecho, buscar na literatura o que os testes a serem aplicados
mensuram em termos funcionais [Ex. rota rode – equilíbrio + força + coordenação
+ controle neuro-muscular (?)]. Qual dos testes propostos avaliará a dor?
Outros parâmetros funcionais
propostos (Hércules):
a). Teste
de marcha (tinta carimbo).
b). Teste
de barras paralelas.
c). Teste
para mensurar força (garra na gaiola).